Lentes Coloridas

O audiolivro Lentes Coloridas: Profissionais LGBTQIAPN+ no Audiovisual Baiano apresenta os resultados de uma pesquisa conduzida por uma equipe inteiramente LGBTQIAPN+ sobre quem são e como atuam as pessoas que compõem o audiovisual na Bahia fora das normas cis-heteronormativas.

Neste primeiro capítulo de Lentes Coloridas: Profissionais LGBTQIAPN+ no Audiovisual Baiano, somos convidados a enxergar o audiovisual da Bahia por meio das lentes de quem o constrói fora dos padrões da cis-heteronormatividade.
Com base na introdução do livro homônimo, o capítulo apresenta o percurso investigativo de uma equipe inteiramente LGBTQIAPN+ dedicada a compreender quem são e como vivem as pessoas que atuam nas indústrias audiovisuais do estado.

A pesquisa combinou duas forças: o levantamento quantitativo, que traçou um panorama do setor a partir de dados, e as entrevistas em profundidade, que mergulham nas histórias, nas identidades e nas experiências afetivas e profissionais de seus protagonistas.
O capí

Conheça a história de Larissa Lacerda, artista multitalentosa e mulher sapatão “de família, de tradição”, como ela mesma se define, no segundo capítulo do Lentes Coloridas: Profissionais LGBTQIAPN+ no Audiovisual Baiano.Com leveza e profundidade, Larissa revisita suas memórias de infância e juventude no interior da Bahia, onde cresceu cercada por mulheres lésbicas — sua mãe, irmã, tias e primas — que, cada uma à sua maneira, ajudaram a moldar o modo como ela entende o amor, a arte e o próprio corpo.

Entre risadas e reflexões, ela fala sobre o peso e a beleza de ser parte de uma linhagem sapatão, sobre as contradições da maternidade lésbica e sobre o poder político e afetivo da palavra “sapatão”. Ao narrar suas experiências, Larissa também compartilha o processo criativo do seu documentário O que você é sai por todos os lados (2025), obra que cartografa memórias familiares e resgata a importância da representação lésbica no audiovisual.

“Sapatão de família” é mais que um retrato pessoal — é um ca

Diego Saoli é uma pessoa preta, gay, não binária e PCD, nascida em Cajazeiras, bairro popular de Salvador, que encontrou no audiovisual um espaço para afirmar sua identidade e criar novas narrativas. É a sua história que você escuta no terceiro capítulo do Lentes Coloridas: Profissionais LGBTQIAPN+ no Audiovisual Baiano.

Entre lembranças de infância e reflexões sobre representatividade, Diego narra como cresceu cercado por “crianças viadas” e por uma comunidade que, mesmo com limitações, lhe permitiu ser livre, criativo e vibrante. Ele revisita suas referências — de Xuxa a Beyoncé —, fala da importância do humor, do axé e do dendê na cultura baiana, e revela o caminho que o levou a se tornar roteirista, profissão onde encontrou reconhecimento e pertencimento.

“Criança viada com dendê” é uma conversa sobre coragem, autoaceitação e o poder de contar histórias a partir de perspectivas queer e periféricas. É também um manifesto sobre o que significa crescer e criar no Nordeste, entre contradições e

Acompanhe a trajetória de Vie Baruque, pessoa autista, LGBTQIAPN+ e artista que encontrou no cinema um espaço de expressão e sobrevivência no quarto capítulo do Lentes Coloridas: Profissionais LGBTQIAPN+ no Audiovisual Baiano.

Vie chegou ao Recôncavo Baiano para cursar faculdade de cinema e, entre câmeras, roteiros e experimentações, construiu uma jornada marcada pela coragem de existir fora das normas.

Sua história revela o entrelaçamento entre criação e autodescoberta: as dificuldades de conviver com o capacitismo, o preconceito e o bullying, mas também a força de transformar dor em linguagem, solidão em arte e vulnerabilidade em potência.

Com franqueza e sensibilidade, Vie fala sobre crescer em um ambiente religioso conservador, as repressões sofridas na juventude e a longa caminhada até compreender e aceitar sua identidade de gênero e sexualidade.

O capítulo reflete sobre o papel da universidade como espaço de acolhimento e também de violência simbólica — e sobre como a arte

Conheça João Hugo Cerqueira, homem trans negro que atua como produtor, diretor de produção e consultor de roteiro, no quinto capítulo do Lentes Coloridas: Profissionais LGBTQIAPN+ no Audiovisual Baiano.

Com voz firme e olhar sensível, João compartilha sua trajetória no cinema baiano, onde descobriu não apenas uma profissão, mas também um espaço de afirmação, pertencimento e transformação.

Entre relatos de bastidores, afetos e conquistas, ele fala sobre o prazer de “fazer as coisas acontecerem”, sobre o poder da produção como arte de resolver problemas e criar caminhos, e sobre o que significa ser um homem trans em um ambiente ainda marcado por desigualdades e silenciamentos.

O capítulo mostra como João combina técnica e sensibilidade em seu ofício, sendo o ponto de equilíbrio em meio ao caos dos sets e um exemplo de liderança que acolhe e inspira.

“Seja ousado” é um capítulo sobre coragem, profissionalismo e liberdade. Um retrato de quem transforma o audiovisual baiano com dedicaç

No capítulo final de Lentes Coloridas: Profissionais LGBTQIAPN+ no Audiovisual Baiano, acompanhamos a inspiradora trajetória de Elson Rosário, homem gay, pardo e soropositivo, que há mais de quatro décadas constrói uma carreira marcada por talento, ética e coragem no audiovisual, na música e no teatro da Bahia.

Elson fala com humor e generosidade sobre sua vida e seus muitos papéis, em uma narrativa que atravessa temas como envelhecimento, afeto e resistência. Ele compartilha lembranças de bastidores com nomes como Gilberto Gil e Caetano Veloso, histórias do tempo em que cantava forró e reflexões sobre o que é viver plenamente, mesmo diante das dores e do preconceito.

Entre lembranças e conselhos, Elson oferece duas mensagens que sintetizam sua jornada:
“Respira, toma coragem e vai. Vai viver.”
“Sejam competentes, éticos e corajosos. A vida é difícil, mas a coragem é o que nos faz continuar.”

“Coragem, coragem, coragem” é um encerramento que reafirma a importância de reconhecer as t

“Créditos e referências” apresenta a ficha técnica completa do livro, audiolivro e podcast Lentes Coloridas: Profissionais LGBTQIAPN+ no Audiovisual Baiano, um esforço conjunto entre pesquisadoras, artistas e profissionais LGBTQIAPN+ que deram corpo e voz a esta obra.

Além de apresentar os créditos, percorre as principais referências teóricas e bibliográficas que sustentam o estudo.

É também um agradecimento público às pessoas entrevistadas — Larissa Lacerda, Diego Saoli, Vie Baruque, João Hugo Cerqueira e Elson Rosário — e a todas as vozes que fazem do audiovisual baiano um campo plural e cheio de cor.

Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar número 195, de 8 de