Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

Após um primeiro semestre de altos e baixos, a segunda metade do ano 2025 pode trazer boas possibilidades para o produtor de feijão. Isso porque a safra irrigada tende a ser menor, e os preços baixos dos últimos meses desestimularam alguns produtores a seguirem com a cultura. Diante disso, o presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, chama a atenção para a importância de se conseguir armazenar a mercadoria colhida. Aqueles que tiveram condições de conservar o grão em câmaras frias podem lucrar ao longo do segundo semestre.

O mês de junho foi encerrado com queda nas cotações do milho. A alta oferta, resultado do avanço da colheita da safrinha, fez com que a calmaria tomasse conta, tanto do mercado interno quanto do externo. O agente autônomo de investimentos João Santaella Neto chama a atenção para as altas taxas de juros com as quais o produtor brasileiro convive atualmente. Segundo ele, as estimativas são de margens de lucros menores para as próximas safras dado o aumento dos custos de produção.

Durante evento promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (ANEA) no último dia 30 de junho, um dos pontos abordados pelos presentes foi o consumo da pluma. A concorrência com as fibras sintéticas, como poliéster, faz com que a cultura não ganhe o impulso necessário e fique até ameaçada a longo prazo. Lício Pena, diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA), destaca algumas iniciativas que foram apresentadas durante o evento para incentivar o consumo de algodão. Apesar da preocupação, a tendência ainda é de crescimento para a produção brasileira.

A primeira semana de julho ficou marcada por forte queda nos preços do café. Em Nova York, as cotações do Arábica tiveram queda de 5%, ou 1600 pontos. O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, explica que alguns fatores contribuíram para essa desvalorização, entre eles, algumas projeções para a safra 2026-27. Segundo ele, apesar de muito precoce, já são vistas estimativas de 70 milhões de sacas produzidas no próximo ciclo.

A senadora Tereza Cristina (Progressita-MS) criticou o Plano Safra 2025/26, afirmando que os juros estão altos demais, que houve corte em recursos para investimento e que parte do crédito ainda não foi liberada. Ela também alertou que a proposta de taxar as LCAs pode reduzir o dinheiro disponível para o campo. O governo rebateu, dizendo que o plano é recorde e que a taxação terá impacto mínimo, sem prejuízo aos produtores, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Marcella Cunha tem mais informações, direto da Rádio Senado.

Segundo dados do MilkPoint Mercado, na primeira quinzena de julho o valor do leite spot se estabeleceu em R$2,77 por litro – um aumento de R$0,02 frente ao preço médio da quinzena anterior. O cenário mais estável nas vendas de derivados contribuiu para pequenos ajustes de alta nos preços do mercado spot nesta quinzena. Observou-se reajustes positivos, especialmente nas negociações que haviam ocorrido a patamares mais baixos na quinzena anterior, enquanto aquelas com preços mais elevados foram, em grande parte, mantidas. A demanda seguiu mais ativa, com destaque para as indústrias focadas na produção de Leite UHT, que continuam impulsionando as compras para esta quinzena. As informações são do portal “Milkpoint”. Com a chegada do meio do ano, de acordo com o hemisfério em que o produtor de leite se encontra, a tendência é de aumento ou queda na produção de lácteos. Quem nos explica melhor é Rafael Mendonça, direto da redação.

Vlamir Brandalizze faz um balanço sobre as exportações de carnes ao longo do mês de junho. Enquanto o boi atinge a marca do bilhão de dólares em divisas, o frango vai se recolocando no mercado após o caso isolado de gripe aviária no Brasil.

Vlamir Brandalizze comenta sobre a produção de algodão dos Estados Unidos. Por lá, as lavouras vão mal, o que pode ser um importante fator de alta para a pluma ao longo do ciclo.

Com preços baixos pagos para o feijão no Brasil, alguns produtores se mostram desmotivados a dar sequência à cultura em 2025. A próxima safra é a irrigada, importante fonte de abastecimento do segundo semestre. Vlamir Brandalizze explica que, diante das cotações atuais, vários pontos de produção de feijão irrigado devem ficar sem o grão, comprometendo a terceira safra brasileira.

Vlamir Brandalizze chama a atenção para a situação do mercado do arroz. Segundo ele, os patamares ainda são muito baixos e os arrozeiros seguem em busca de oportunidades nas exportações. A expectativa se dá pela retomada do fluxo de negócios ao longo de julho.

Os preços do trigo em Chicago atingiram importantes níveis ao longo da primeira semana de julho. O bushel ultrapassou os seis dólares, criando uma boa margem de lucro para o produtor. O principal fator de alta é a má qualidade da safra dos Estados Unidos. No Brasil, em contrapartida, segundo Vlamir Brandalizze, há poucas novidades. A área plantada vai se confirmando menor que em 2024, com os triticultores de olho no clima, já que várias lavouras paranaenses foram impactadas pelo frio.

Com a colheita do milho safrinha avançando, é normal que haja queda ou até mesmo um cenário de calmaria nas cotações. O que favorece uma reversão desse momento para o produtor rural é o fluxo de negócios. Vlamir Brandalizze ressalta que os setores de ração e etanol, importantes agentes do mercado doméstico, devem voltar às compras ao longo do mês de julho. Ambos esperam um maior avanço da colheita para adquirirem o grão em melhores níveis.

Em um cenário de calmaria para as cotações da soja, alguns produtores já começam a mirar contratos futuros. Vale lembrar que estamos no pico de oferta da oleaginosa. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, chama a atenção para as oportunidades de negócios em 2026. Em Chicago, as cotações para esse período ultrapassam os 5 dólares/bushel.

A primeira semana de julho ficou marcada por oscilações no mercado do café. Apesar das quedas expressivas, as cotações em Nova York se mantiveram na casa dos 300 centavos de dólar/libra-peso. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto, destaca que se o suporte nos 280 não for perdido, há a possibilidade de uma reversão e um novo momento de alta para o café na bolsa.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou nesta quinta-feira, 3 de julho, que mais sete países retiraram as restrições de exportação à carne de aves brasileiras impostas após o registro de caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul em maio. Em comunicado, o ministério disse que os países são: Argentina, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Mauritânia e Uruguai. Em junho, o Brasil se declarou livre do vírus da gripe aviária após nenhum novo surto da doença ter sido detectado em granjas comerciais de aves desde o primeiro caso, em maio, no município de Montenegro-RS. As informações são do portal “InfoMoney”. E quais serão os próximos passos? Há risco de novos casos? É sobre isso que a coordenadora do núcleo de inteligência da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nathália Fernandes, conversa com Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária. Ele destaca a eficiência do agro brasileiro e quais medidas o avicultor deve

O Senado aprovou nesta terça-feira (1º) o projeto (PL 2674/2025), que cria a Política Nacional de Juventude e Sucessão Rural e o Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural. O objetivo é criar condições para que os jovens com idade entre 15 e 29 anos deem sequência às atividades implementadas por suas famílias no meio rural, por meio de serviços públicos de qualidade, garantia de acesso à terra e a oportunidades de trabalho e renda, planejamento sucessório, seguro rural e maior participação social e política. O texto segue para sanção presidencial. Alexandre Campos tem mais informações direto da Rádio Senado.

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei (PL 2047/23) que determina que, mesmo que a mulher do meio rural seja identificada como "do lar", "dona de casa" ou "doméstica" em documentos entregues à Previdência Social, isso não impedirá que ela seja reconhecida como segurada especial. Lara Haje tem mais informações direto da Rádio Câmara.

Durante audiência na Câmara dos Deputados, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, falou sobre o aumento das queimadas no Brasil. Ela atribuiu o resultado aos incêndios provocados e à seca severa. Ela foi questionada pelos deputados após dados apontarem para aumento de mais de 400% no desmatamento da Amazônia durante a atual gestão. Lara Haje tem mais detalhes direto da Rádio Câmara.

A autorização legal para que produtores rurais possam realizar o controle populacional de javalis em suas propriedades recebeu parecer favorável de 1º turno da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O Projeto autoriza o controle populacional e o manejo sustentável do javali-europeu em todas as suas formas, linhagens, raças e diferentes graus de cruzamento.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil publicou o boletim trimestral Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro. No primeiro trimestre de 2025, o setor bateu recorde de mão de obra: 28,5 milhões de pessoas ocupadas. O setor teve participação de 26,2% no total de ocupações no país nos primeiros três meses deste ano. Em entrevista ao jornalista Estevão Damázio, a assessora técnica da CNA, Zenaide Ferreira, destacou que esse é o maior número registrado desde o início da série histórica, em 2012.