Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

O mês de maio foi de preços tímidos para o mercado do boi, mantendo apenas as mercadorias de melhor qualidade em bons patamares. No entanto, junho tende a se mostrar de forma diferente. O fim das chuvas faz cair o número de animais em pastos e os pecuaristas começam a caminhar para o confinamento. Moacir Naves projeta como deve ser o mercado de bovinos ao longo do mês que se inicia e chama a atenção para as buscas pelo garrote que devem se intensificar.

Com o auge da safrinha e a grande oferta de milho, os preços têm se mantido tímidos no Brasil. Diante dessa perspectiva, o sorgo começa a ganhar destaque. Além da produção, que deve ser expressiva, há indícios de buscas da China também pelo sorgo brasileiro.

Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil. Mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo setor ao longo dos últimos anos, a atividade segue sendo uma das forças do estado. Um importante braço do setor lácteo mineiro é a agricultura familiar. Ao todo, são mais de um milhão de empregos gerados com a pecuária leiteira. Edilson Nicolau tem mais informações direto da Emater Minas.

Maio foi um mês de quedas significativas para as cotações do boi. No Noroeste do Paraná, o recuo acumulado do boi foi de 8,6%. As fêmeas se desvalorizaram ainda mais, e a carne no atacado da Grande SP baixou 6,6%, com o quilo da carcaça casada passando de R$ 22,89 para R$ 21,38 em média. Na última semana do mês, a liquidez esteve um pouco melhor, as escalas encurtaram para cerca de 10 dias e chegou a haver negócios com reajustes para cima. Há expectativa de melhora das vendas da carne na primeira semana de junho.

Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em abril caiu 3,3%, chegando a R$ 2,7415/litro na “Média Brasil”. Ainda assim, o valor é 5,7% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Joãozinho Grafista analisa se há fatores que possam mudar o atual cenário baixista para o mercado do milho. Um dos poucos fatores que podem promover uma retomada dos bons preços é o câmbio dólar/real. Caso contrário, aqueles produtores que têm condições, devem armazenar a produção e segurar as vendas para outro momento.

A produtora rural Rowena Betina Petroll, passou a presidência da IRRIGANOR, Associação de Produtores Rurais e Irrigantes do Noroeste de Minas, para a ex-presidente da entidade Ana Maria Soares Valentini. A Assembleia Geral da IRRIGANOR aconteceu no dia 29 de maio de 2025. Ana Valentini deixou o cargo de presidente para assumir em janeiro de 2019 a Secretaria Estadual de Agropecuária de Minas Gerais, e agora retorna ao cargo da Irriganor. Rowena Petroll, agora vice-presidente da entidade, proseou com Francys de Oliveira e contou como foi essa mudança na direção da associação.

O Núcleo de Mulheres do SPR de Coromandel é uma iniciativa criada para valorizar, capacitar e fortalecer a atuação das mulheres no setor agropecuário da região. Tem como objetivo incentivar o protagonismo feminino no campo, conectando mulheres produtoras, filhas e esposas de produtores, estudantes e profissionais do agro. Por meio de encontros, capacitações e projetos, buscamos desenvolver lideranças, estimular a inovação e contribuir diretamente para o crescimento sustentável das nossas comunidades rurais. Francys de Oliveira recebeu no PodCast Rural do Diário Rural a produtora rural Bruna Prizon que contou mais sobre essa iniciativa. Confira essa prosa!

O Prefeito de Paracatu MG proseou com Francys de Oliveira e falou das ações do seu governo voltadas ao agro na primeira gestão e nesta atual. Disse que é preciso termos representantes fortes também na esfera estadual e municipal que pensem em favor do produtor rural não só da Região Noroeste de Minas, mas de todo o Brasil. Ele também comemora o aniversário de 10 anos do Paracatu Rural.

O mercado de feijão fechou maio com um cenário parecido com a tônica do que foi a maior parte do mês: muita oferta e pouca demanda. Em relação ao feijão preto, há uma sinalização de melhora nos preços, mas o cenário ainda é muito instável. O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders alerta que há muito estoque da variedade e que não há certeza de que a melhora será rápida e progressiva. Para o analista, é cada vez mais necessária a utilização de contratos para garantir a segurança dos produtores de feijão durante as negociações.

Ao longo da última semana de maio, os preços do algodão registraram o menor patamar desde meados de abril deste ano. O diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA), Lício Pena, explica alguns dos fatores que levaram à queda. Entre eles estão as barreiras tarifárias, ainda em negociação, envolvendo os Estados Unidos, e as projeções que apontam para menor demanda mundial. Lício chama a atenção para a produção do Hemisfério Sul. Países, incluindo o Brasil, apresentam boas condições climáticas para alcançar bons índices de produtividade.

O mês de maio se encerrou com forte queda nos preços do café. A entrada da safra de conilon e as boas perspectivas para o arábica, cuja colheita também se aproxima, foram dois fatores que contribuíram para a desvalorização. O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, prevê que a tendência é de manutenção desse cenário ao longo de junho. Além disso, as projeções de uma grande safra devem impulsionar as exportações a partir de agosto.

Vlamir Brandalizze faz um balanço dos dados das exportações ao longo do mês de maio. Ele também chama a atenção para a conquista da pecuária brasileira, que é o certificado de país livre da febre aftosa sem vacina. Esse avanço pode permitir ao Brasil a expansão ainda maior do mercado de carnes.

A última semana de maio ficou marcada pela estabilidade nos preços do feijão. Vlamir Brandalizze destaca que as negociações entre varejo e empacotadores seguem bastante complicadas, movimentando poucos negócios. Enquanto isso, nas gôndolas, seguem as promoções, com o quilo do feijão sendo encontrado a partir de R$4,00, o que reduz as margens para os produtores lucrarem.

A principal esperança dos produtores de arroz conseguirem maior rentabilidade nas próximas semanas é um aumento da demanda. Vlamir Brandalizze aponta, pegando por base os acontecimentos de mercado para o setor, que o consumo do cereal deve aumentar com a chegada do inverno, impulsionado pelo aumento das compras dos chamados “alimentos quentes”.

Vlamir Brandalizze destaca que a onda de frio, presente ao longo da última semana de maio, não trouxe grandes impactos para o trigo brasileiro. Segundo ele, apesar da queda nas temperaturas, não houve geada e o cereal segue em fase de germinação. Diante disso, produtores já miram um cenário de preços mais interessantes ao longo das próximas semanas, impulsionado, principalmente, pelo mercado internacional.

As condições das lavouras de milho no Hemisfério Norte seguem chamando a atenção no mercado. Na China, o clima seco e a ausência de chuvas podem trazer perdas expressivas na safra local. Vlamir Brandalizze projeta compradores chineses ainda mais ativos nas importações, representando uma boa oportunidade aos produtores brasileiros.

Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, faz um balanço sobre os números envolvendo a soja ao longo do mês de maio. No Brasil, a colheita terminou e, neste momento, os produtores já começam a projetar os trabalhos para a safra 2025-26.

O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto destaca os preços em baixa para o café ao longo do mês de maio. Segundo ele, os dados de alta produtividade para a produção brasileira divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) contribuíram para esse cenário. Pensando nas cotações em Nova York, Joãozinho Grafista ressalta que é importante a manutenção dos 350 centavos de dólar por libra-peso para que o grão possa recuperar os patamares vistos em outros momentos.

Neste PodCast Rural, Francys de Oliveira recebeu Naiara Marra (SEBRAE) e Juliano Tarabal (Região do Cerrado Mineiro) que contaram sobre a parceria que transformou o agro brasileiro e que continua sendo referência: a união entre o SEBRAE e a Região do Cerrado Mineiro. Vamos entender como essa relação começou, o impacto gerado e, principalmente, o que vem pela frente. Confira