Paracatu Rural - Jornal do agronegócio

De olho na COP 30 - Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 - maior evento sobre clima e sustentabilidade do mundo, o Governo de Minas irá promover um seminário com o objetivo de preparar todo o estado para o encontro. A série de palestras e troca de informações terá o nome de “Pré-COP 30 - Desenvolvimento Rural no Cerrado Mineiro”, e acontece em 28 de maio na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária, em Belo Horizonte.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou nesta semana a flexibilização das regras para que cooperativas agrícolas possam constituir Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (FIAGROs). Com a mudança, os próprios cooperados, além de clientes, fornecedores e funcionários das cooperativas, poderão ser investidores desses fundos.

Uma sugestão (SUG 5/2025) da sociedade civil pode isentar do pagamento de tributos federais as farinhas sem glúten. O Portal e-Cidadania recebeu mais de 20 mil manifestações favoráveis à ideia legislativa com esse objetivo. A medida busca tornar os alimentos mais acessíveis, aliviar o impacto financeiro nas famílias com pessoas que sofrem com a condição, além de reduzir as complicações médicas, o que beneficiaria o sistema de saúde. A sugestão vai ser analisada agora pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) atualizou as normas de inspeção e fiscalização de produtos de origem animal previstas no decreto nº 49.030/2025, além de incorporar novas ferramentas digitais para otimizar o atendimento ao produtor mineiro. “O decreto, que atualiza legislação antiga, incorpora tecnologias modernas e reduz exigências, sem abrir mão das normas higiênico-sanitárias e das boas práticas de fabricação”, afirma Rômulo Lage, gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal do IMA.

Ao longo de maio, a carcaça casada bovina acumula baixa de 6,2%, o que melhora o seu preço em relação ao das carnes suína e de frango. No mercado de animais para abate, os preços encerraram a semana num misto de queda e estabilidade. A liquidez esteve baixa, principalmente pela falta de interesse comprador.

Em meio à descoberta de um caso de gripe aviária, no sul do Brasil, vários questionamentos são feitos em relação à segurança e relação que o vírus possui com o consumo da carne de frango. O Ministério da Agricultura ressalta que não há chances de contaminação pela ingestão de carne e ovos e que as restrições na exportação fazem parte apenas de medidas protocolares para evitar o espalhamento da doença nas aves estrangeiras. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) realizou uma reunião e reforçou a qualidade e a segurança da carne de frango do Brasil. Quem detalha a situação é o presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Adroaldo Hoffmann, em entrevista ao jornalista Estêvão Damázio.

Desde o último domingo (25), o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) descartou sete focos de gripe aviária no Brasil. Na última atualização divulgada pelo ministério, às 19h de segunda-feira (26), onze casos seguem em investigação. Até o último final de semana eram 18. Dos casos investigados, cinco são em aves domésticas de subsistência, uma em ave comercial e cinco em aves silvestres. Em Minas Gerais, um caso foi descartado em Belo Horizonte e outro segue em análise no município de Mateus Leme. Ambos os casos são em aves silvestres. O único caso confirmado em ave comercial segue sendo na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Por lá, além do vazio sanitário imposto à granja onde o caso foi confirmado, também são realizadas quatro barreiras sanitárias.

A boa oferta de cenoura, nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas), influenciou na queda dos preços praticados no atacado no último mês. A média ponderada das cotações da raiz em abril registraram uma diminuição de 22,88%. É o que mostra o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado no dia 23 de mail pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O presidente do IBRAFE, Marcelo Lüders, faz um balanço dos preços praticados para o feijão ao longo da penúltima semana de maio. Além da recuperação que se inicia para o preto, também se destaca a estabilidade nas cotações do carioca. Lüders comenta sobre as missões do IBRAFE no exterior em busca da expansão comercial do feijão brasileiro. Em Singapura, o IBRAFE foi premiado pela realização do Pulse Day.

Uma massa de ar polar deve avançar a partir do sul do Brasil entre os dias 28 de maio e primeiro de junho, e deixa os agricultores brasileiros em alerta. Os produtores de milho estão entre os mais preocupados, já que uma boa parcela da safrinha se encontra nas regiões que podem sofrer com a chegada do frio e das geadas. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto comenta essa previsão e quais os impactos para os cerealistas brasileiros.

Lício Pena, diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (AMIPA) chama a atenção para o início da colheita da pluma em Minas Gerais. Segundo ele, o olhar dos cotonicultores tem se voltado para o mercado doméstico, já que a nível internacional as cotações são pouco vantajosas.

O economista Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, analisa os dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para o café. De acordo com os norte-americanos, a produção de café ao longo do ciclo atual será suficiente para atender à demanda mundial. Haroldo projeta, a partir dessas informações, que o mercado tende a passar por um cenário baixista até que haja alguma mudança climática.

As propostas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para o Plano Agrícola e Pecuário 2025/2026 foram debatidas no dia 21 de maio, durante reunião da Comissão Nacional de Política Agrícola. O encontro abordou também os desafios do governo federal na construção do Plano Safra e os próximos passos da CNA.

Na penúltima semana de maio, mais cebolas provenientes de Cristalina (GO) e Triângulo Mineiro (MG) foram escoadas ao mercado. Contudo, colaboradores do Hortifrúti/Cepea relatam que a intensificação da safra deve ocorrer na próxima quinzena, quando praticamente todos os produtores dessas regiões começam a colher. Nestas primeiras áreas, tem sido relatado problemas com bacterioses por conta do alto volume de chuvas entre março e abril, além de produtividade ainda limitada. Porém, até o momento, as expectativas estão altas quanto o decorrer da temporada em termos de boa produção de cebola no Cerrado.

Vlamir Brandalizze faz um balanço das exportações das carnes ao longo de maio. Em relação a junho, o consultor prevê influência do caso de gripe aviária confirmado aqui no Brasil.

Vlamir Brandalizze comenta sobre o movimento de alta para os preços do feijão carioca no Brasil. Segundo ele, além da escassez de oferta, as reposições virão a todo vapor ao longo de junho. A preocupação do produtor, neste momento, se dá com as chuvas no Paraná, que podem trazer perdas para o setor.

Os preços do arroz seguem em baixa no Brasil em meio à forte disponibilidade de oferta. No entanto, os valores do casca pararam de cair, já que há uma forte demanda no varejo. Com o saco de 5kg girando na casa de R$20 a R$25, vários consumidores têm reforçado as compras nos supermercados. Vlamir Brandalizze destaca que o ano baixista para o setor pode fazer arrozeiros gaúchos plantarem soja ao invés do cereal.

Apesar de, na média, os preços do trigo seguirem em baixa no Brasil, Vlamir Brandalizze projeta uma virada de cenário no país. A principal influência se dá pelos preços em Chicago. Por lá as cotações dispararam após o registro de perdas nas safras da Rússia e da China, em ambos os casos impactadas pelas baixas temperaturas.

O mercado do milho fechou a penúltima semana de maio com pressão de alta em Chicago. O principal motivo é o frio, em especial na Europa, que pode trazer desfalque na oferta do cereal. Vlamir Brandalizze destaca que esse movimento ajudou a segurar as cotações em bons níveis na B3 mesmo com a forte entrada da safrinha.

Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, avalia a possibilidade de preços maiores para a soja a partir de 2026. Segundo ele, o indício vem de Chicago, já que há sinalização de queda no plantio dos Estados Unidos no período. No Brasil, o destaque segue sendo as exportações. Em maio, a expectativa é que 15 milhões de toneladas da oleaginosa sejam embarcadas.