Momento Da Política - Merval Pereira

Merval Pereira faz uma análise da atuação do ministro Alexandre de Moraes, que pediu ao governo da Espanha a extradição do blogueiro Oswaldo Eustáquio. O pedido foi negado. O tribunal espanhol alegou se tratar de um crime político. Em represália, Moraes suspendeu a extradição de um traficante búlgaro, pedida pela Espanha. O ministro ainda mandou o traficante para prisão domiciliar com tornozeleira. ‘Um absurdo. (...) Na hora que você faz do instrumento jurídicos, um instrumento político, qualquer um erra’.

Merval Pereira faz uma análise sobre os desdobramentos da Lava-jato no Peru. O ex-presidente Ollanta Humala foi condenado a 15 anos de prisão por receber fundos ilícitos de campanha da construtora brasileira Odebrecht. Comentarista destaca que o Brasil foi a origem de toda a investigação na América Latina. A ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, deve desembarcar ainda nesta quarta-feira (16) em Brasília depois de receber asilo político do governo brasileiro. Ela recebeu a mesma sentença.

Cento e quarenta e seis deputados de partidos da base do governo assinaram o pedido de urgência do PL da Anistia. O governo examina verbas e mira cargos com indicações feitas por deputados em órgãos federais. Merval Pereira destaca que a medida não é uma coisa tão radical porque os partidos já têm sua base de emendas para distribuir muito maior do que a do governo tem. ‘Isso dificulta muito a retaliação do governo’.

Merval Pereira fala sobre o PL da Anistia que conseguiu as assinaturas necessárias para tramitar em regime de urgência. O documento conta com o apoio de parlamentares da base governista. ‘O governo foi surpreendido. Mais de 100 deputados que fazem parte de partidos da base do governo assinaram o pedido de urgência. Isso foi considerado uma traição’. Comentarista destaca uma crise envolvendo os Três Poderes.

O debate sobre o projeto de anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro ganhou força no Congresso Nacional. O PL conseguiu reunir as 257 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de tramitação em regime de urgência, pressionando a Câmara dos Deputados a acelerar a análise da proposta. Para Merval Pereira, os bolsonaristas deram uma demonstração de força de força que não era previsível, o que demonstra como o governo já não controla seus partidos da base.

Merval Pereira faz uma análise da pressão sofrida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, para que seja colocado em pauta o projeto da anistia. Comentarista destaca que Motta tenta encontrar uma saída que todos os lados aceitem. Ele busca com o Supremo uma revisão de pena de condenados no 8 de janeiro. ‘Acho que eles vão encontrar uma forma de corrigir alguns excessos que foram feitos’. Merval completa dizendo que esse é o melhor caminho para resolver a situação.

Merval Pereira faz uma análise dos desdobramentos do tarifaço de Trump. Alguns países tentam negociar, outros retaliaram e Brasil está aguardando. ‘Brasil, por enquanto, está bem posicionado’. Comentarista destaca que o governo brasileiro está agindo com cautela, sabedoria, sem bravatas e sem alarde.

Merval Pereira fala sobre a manifestação feita por Bolsonaro e aliados por anistia pelos condenados em 8 de janeiro. O movimento aconteceu na Avenida Paulista, em São Paulo. Foi maior do que a de Copacabana, no Rio, e com participações mais ilustres. ‘Acho que deputados e senadores não estão muito impressionados com isso não. A ideia de aprovar uma anistia está bastante enfraquecida no Congresso’. Comentarista destaca que a maioria não quer briga com o Supremo. ‘Tentativa de Bolsonaro se anistiar previamente que não vai dar certo. Não acredito que tenha êxito essa manobra dele’.

Merval Pereira destaca que o PL não conseguiu assinaturas para avançar com o projeto de anistia na Câmara dos Deputados. ‘Um bom sinal de que o Congresso, apesar da tendência conservadora de direita, tem juízo. Não é momento para pensar em anistia, não tem nenhuma razão para pensar em anistia, é uma razão simplesmente eleitoreira por parte do Bolsonaro’.

Merval Pereira faz uma análise da pesquisa Quaest divulgada, nesta quinta-feira (03), que simula cenários na eleição de 2026. Neles, Lula empata com Bolsonaro e ganha em outros cenários. Comentarista destaca que, diante da falta de perspectiva, as pessoas ainda preferem um novo governo Lula do que a volta de Bolsonaro. ‘Isso reforça a ideia que Bolsonaro pode transferir voto, mas não todos os votos’. A polarização ajuda Lula e Bolsonaro. ‘O problema é a falta de alternativa’.

Merval Pereira fala sobre resultado da pesquisa Quaest que divulgou desaprovação de 56% do governo Lula. Pereira destaca que rejeição entre as mulheres subiu previsivelmente após comentários feitos pelo presidente em relação ao grupo. Ouça.

Merval Pereira faz uma análise do ‘tarifaço’ que será anunciado por Trump, nesta quarta-feira (2). Brasil deve ser atingido. O governo tenta maneiras de conseguir uma exceção. ‘Trump está mexendo com a economia do mundo todo sem uma lógica’. Comentarista destaca que o presidente dos Estados Unidos está querendo mudar a maneira como o mundo se organizou nas últimas décadas.

Merval Pereira faz uma análise das chances de entrar na pauta do Congresso o projeto da anistia. ‘Parece que tem alguma chance. Tem muita gente apoiando essa anistia. Vai ser uma nova crise porque STF não vai aceitar e vamos ter uma crise institucional. Comentarista destaca que o projeto de anistia como está proposto pega muita gente antes do 8 de janeiro de 2023.

Merval Pereira faz uma análise de movimentações da direita, com o governador do Paraná, Ratinho Júnior, se colocando na posição de possível candidato à presidência, inclusive com apoio do PSD. ‘Não vejo como a direita pode se desvencilhar de Bolsonaro’. Comentarista destaca que, se Bolsonaro apoiar Tarcísio de Freitas, a direita tem chance de competir. ‘A chance de Bolsonaro manter essa liderança, que sem dúvida ele tem na direita, é apoiar um candidato que seja viável’.

Merval Pereira destaca que Bolsonaro se enganou no primeiro dia de julgamento no STF achando que a presença dele faria alguma diferença. ‘Não fez nenhuma e ele teve que ouvir um monte de coisas, especialmente, do ministro Alexandre de Moraes’. Bolsonaro já está começando a sentir que vai perder e terá que escolher um nome para a disputa em 2026. ‘Se ele esticar muito a corda, a direita perde parte da chance de eleger o sucessor de Lula’

O Supremo Tribunal Federal formou maioria para tornar réus Bolsonaro e mais sete por tentativa de golpe. Merval Pereira destaca que Alexandre de Moraes não convive bem com a divergência ao responder irritadamente as ressalvas de Fux. Na sua fala, Moraes foi além do papel do relator. Comentarista destaca que ‘ficaram claras as evidências de que houve realmente uma tentativa de golpe. Não há como escapar dessa conclusão analisando os autos do processo’.

Merval Pereira faz uma análise da postura dos advogados de defesa durante o julgamento da denúncia da PGR no Supremo Tribunal Federal contra Bolsonaro e outras sete pessoas por envolvimento na trama golpista. ‘Um julgamento que vai perder muito do mistério e do suspense porque já se começa admitindo que houve golpe’.

Merval Pereira faz uma análise do início do julgamento no STF contra a tentativa de golpe de Estado. ‘Simbólico e triste constatar que 40 anos depois ainda continuemos lidando com essa ideia de ditadura militar’. Comentarista destaca que o STF, que foi fundamental na resistência a essa tentativa de ditadura de Bolsonaro, agora exagera em suas funções para condenar sem nenhum tipo bom senso todos igualmente.

Merval Pereira faz uma análise da mudança de postura do presidente Lula sobre a questão da segurança pública. ‘País está chegando a um ponto inaceitável de falta de segurança em todos os estados’. Comentarista destaca que o crime organizado está cada vez mais organizado e mais aparelhado, com armas de grosso calibre. ‘Não dá mais para fingir que a culpa é do outro. A culpa é de todas as autoridades’.

Merval Pereira faz uma análise da diferença entre a política econômica do governo Lula e o mercado financeiro. Comentarista destaca que Lula está repetindo o que fez no final do primeiro governo e no segundo governo. ‘Ele conseguiu um crescimento do PIB grande, tanto que elegeu a Dilma, então ele acha que isso dá certo. Mas, ele não lembra que, a partir daí, foi um desastre. (...) Durante anos, a gente viveu as consequências da recessão no governo Dilma’. Merval ressalta que não adianta ele achar que o mercado financeiro está contra ele. ‘Isso é uma simplificação da situação’. Comentarista acrescenta que a postura de Lula deixa o Banco Central em uma situação complicada porque vai ter que subir o juro até encontrar equlíbrio.